sexta-feira, 30 de abril de 2010

A Destruição do Espaço Público de Natal.2

ABRIGOS DE ÔNIBUS:
Quando Secretário de Transportes (período 86/87/88), encontramos Natal com 1100 paradas de ônibus. Dessas, apenas 100 eram cobertas. Com apoio do BNDES, montamos uma fábrica de equipamentos de Argamassa Armada para produzir escolas, creches, abrigos de ônibus, postos de abastecimentos, pisos para praças, muros de arrimo, etc.
Implantamos 700 dessses abrigos. Os que não foram arrancados ou demolidos pelas administrações posteriores à de Garibaldi Filho na Prefeitura de Natal, permanecem firmes e fortes. Substituiram abrigos de concreto, resistentes (os que escaparam estão aí há 22 anos, como o da foto acima na Praça Cívica), por abrigos de metal e acrílico. O metal com nossa maresia é logo consumido e o acrílico os marginais retiram para vender.
A Fábrica foi fechada na administração da então prefeita Wilma de Faria que não entendeu, assím como seus sucessores, a importância da fábrica. Pressões de empreiteiros (leia-se Fernando Bezerra, Flávio Azevedo e Bira Rocha) que viam na fábrica uma concorrência que na realidade não existia. A fábrica apenas produzia, em série e por um preço 1/3 mais barato, o mobiliário urbano necessário à cidade.
Outro forte adversário da fábrica era o então governador Geraldo Melo que, hoje, talvez não consiga nem se eleger vereador em Ceará Mirim, seu antigo reduto eleitoral, tal o desgaste sofrido e provocado pela prepotência e reacionarismo.
Garibaldi Filho morria de medo de Fernando Bezerra e Geraldo Melo e não defendeu a fábrica tão arduamente construída. Corre o risco de não se reeleger senador pois sua vida política vem sendo, a cada dia, uma sequência lamentável de equívocos.
Como dizia Beltold Brecht: a verdade é filha do tempo, não da autoridade. Hoje é o que vemos: Geraldo Melo e Fernando Bezerra, o povo afastou da vida pública. Veremos o que acontece com Garibaldi Filho. Os abrigos continuam em pé.
Até amanhã.

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